domingo, 12 de junho de 2016

Fé Hereditária

Escondido em diagnósticos
Escondendo poemas em obituários
Onde feitiços sorriem sobre cada receita
Entre cada medo e dor
Evoluindo para enigmas sombrios
Entre escadarias e pedágios

Eu vi a noite de novo
Entre minhas armaduras corroídas
Onde as sombras ainda ecoavam canções de vitória
Atrás dessa marcha incurável
Admirando sua existência profana
Fazendo-me um satélite natural dessa mundana vida
 Toda magra e com um sorriso safado
Se fundindo com um paraíso de tonalidade vermelha
Que me misturava com a sua macia boca
Sempre ecoando palavras de um carinhoso perdão

Escondido em diagnósticos
Escondendo poemas em obituários
Onde feitiços sorriem sobre cada receita
Entre cada medo e dor
Evoluindo para enigmas sombrios
Entre escadarias e pedágios

Onde eu procuro por um oceano solitário lá fora
Sempre a deriva dessa vida
Observando minha decadência
Onde a minha margem de desespero
Estrangula minha fé hereditária

Vitimado no profundo poço
De uma vida fútil e vulgar
Mascarado em cada religião
Procurando por espécies e raças
Atrás de pirâmides e desgraças
 Na poça do mundo afogada em inveja, ambição e heresia.
 Sendo o amante do céu
Que vomita outro amor reciclado
Atrás de seus contos de fadas infantilizados

Assim vou seguindo essa demência
Sorrindo em cada dependência
Vagando até ao mar onde meus dias se afogam
Onde a minha dor zarpou
Entre canções de amor
E agora estou enraizado em descrença
Abraçado pela sua febre
Armado e encoleirado sobre esse tempo escaldante
Que excita meus desejos abandonados
Onde nada pode permanecer vivo em nossa natureza

Eu vi a noite de novo
Entre minhas armaduras corroídas
Onde as sombras ainda ecoavam canções de vitória
Atrás dessa marcha incurável
Admirando sua existência profana
Fazendo-me um satélite natural dessa mundana vida
 Toda magra e com um sorriso safado
Se fundindo com um paraíso de tonalidade vermelha
Que me misturava com a sua macia boca
Sempre ecoando palavras de um carinhoso perdão

Escondido em diagnósticos
Escondendo poemas em obituários
Onde feitiços sorriem sobre cada receita
Entre cada medo e dor
Evoluindo para enigmas sombrios
Entre escadarias e pedágios

Onde eu procuro por um oceano solitário lá fora
Sempre a deriva dessa vida
Observando minha decadência
Onde a minha margem de desespero
Estrangula minha fé hereditária

Compositor: Heleno Vieira

Gênero: Doom Metal


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