Mutus Liber
Ora, lege, lege, lege,
relege, labora et invenies
Ora, lege, lege, lege,
relege, labora et invenies
Ora, lege, lege, lege,
relege, labora et invenies
Sobre um livro sem palavras
Humanos sem alma
Vidas sem caminhos
Onde imagens se convertem em textos
Mutus Liber cante para minha sede
Sobre todo o trabalho alquímico.
Mutus Liber grite para os meus pecados
Sobre referências codificadas à bíblia
Mutus Liber abra as portas
Mutus Liber entoe o nosso louvor...
Sobre um livro sem palavras
Humanos sem alma
Vidas sem caminhos
Onde imagens se convertem em textos
Mutus Liber abreçe nossa fraca sabedoria
Sobre o índex
Mutus Liber abreçe nossa fraca sabedoria
Sobre um livro sem palavras
Humanos sem alma
Vidas sem caminhos
Onde imagens se convertem em textos
Mutus Liber cante para minha sede
Sobre todo o trabalho alquímico.
Mutus Liber grite para os meus pecados
Sobre referências codificadas à bíblia
Mutus Liber abra as portas
Mutus Liber entoe o nosso louvor...
Compositor: Heleno Vieira
Gênero: Gothic Metal
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Mutus Liber: como o nome diz, é um livro mudo, sem palavras. Editado
originalmente por Eugene Canseliet (1958), e tendo seu autor permanecido
anônimo, O Livro Mudo da Alquimia é uma das mais relevantes e belas produções
da tradição pictórica do hermetismo medieval. O livro consiste de uma série de
figuras que ilustram todo o trabalho alquímico.
A importância desta obra legou-lhe diversas edições e até mesmo uma
versão em cores. O "Mutus Liber" é um livro composto por 15 gravuras
reportando para o método da Grande Obra alquímica. Não é verdade que este livro
não tenha palavras pois, logo na primeira página aparecem referências
codificadas à bíblia e, na folha 14, existe uma expressão latina conhecida dos
alquimistas: "Ora, lege, lege, lege, relege, labora et invenies"
("Reza, lê, lê, lê, relê, trabalha e encontrarás"). O facto por
detrás do conceito aceite de que o livro é mudo deve-se no entanto à total
incompreensão dos seus sinais por parte dos leigos em alquimia. Na verdade,
apenas os entendidos poderiam descortinar as revelações das gravuras. Note-se
que, para além da impressão original datada do século XVII, muito poucas
edições mais tardias têm efectivamente valor. Citando um mero exemplo, logo na
primeira placa, na edição original, aparece, entre roseiras emaranhadas, um
paisagem campestre. Porém, em muitas edições posteriores, a paisagem que
aparece foi modificada e observam-se agora cascatas. Este simples pormenor
transforma uma cópia mais agradável visualmente numa obra totalmente apócrifa pois,
no mundo da alquimia, existem dois caminhos para alcançar o conhecimento. O
primeiro é o caminho seco; o segundo é o caminho húmido. Um destes caminhos é
mais rápido e perigoso e o outro mais lento porém mais seguro. Assim deve ser
visto o Mutus Liber: uma complexa composição de imagens, relatando por sinais
apenas absorvíveis pelos os iniciados na matéria, em que nada está representado
por acaso. Assim, para os coleccionadores, apenas as edições mais fiéis têm
interesse real.