quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Saudosa Playploy

Feridas abertas entre seu sussurrar
Fantasias maquiadas entre cada assassinado
Sorrindo entre a violência
Marchando atrás dessa dependência
Rastejando entre prostituição
Misturado com ossadas e carvão
Empalhando os palhaços que louvam o nosso amor
Atrás de cada monstruosidade politica, artística e cultural.
Seduzindo as crenças cinicamente comerciais
Entre bordeis e cassinos
Somos soldados sem armas
Cheio de anúncios pregados pelo corpo

Eu lamento que o seu céu escureceu
Entre essa poluição gloriosa
Mas eu lamento que Shakespeare
Não escreva os sermões dos cultos
Atrás de cada capa da saudosa Playploy

Era seu bode expiatório
Entre lixões sociais
Cheios de lunáticos e dependentes
Orando, cantando e latindo.
Sobre pregos enferrujados
Atrás de suas articulações doloridas
Entre trabalhos, crenças e culturas escravas.
Somos frutos de um folclore mesquinho
Lambido por essa mitologia que regride
Atrás de ambição e agressão

E eu vejo todos os jovens fiéis
Se beijando atrás dos muros
Escondendo suas faces com suas bíblias
Sorrindo com fotos e vídeos na internet
Querendo ser uma diva ou uma estrela
Atrás desse esgoto pensante e filosófico
Seu público alvo encoleirado
Entre covas sem dono
Eu vejo todos os velhos enganadores
Entre suas gravas e números de circo
Pondo minha cara no campo de batalha
Desnudo entre essa colmeia
Mas sou apenas um anônimo com pensamentos próprios
Alimentado pela pena dos alienados
Entre cada cabresto e coleira
Sendo submissos e obedientes

Eu lamento que o seu céu escureceu
Entre essa poluição gloriosa
Mas eu lamento que Shakespeare
Não escreva os sermões dos cultos
Atrás de cada capa da saudosa Playploy

Compositor: Heleno Vieira
Gênero: Thrash Metal




Nenhum comentário:

Postar um comentário